André Filipe dos Santos Coelho 12ºB nº7

Kramer Vs Kramer

29-05-2011 23:53

Este filme retrata a história de um casal, Ted, Joanna Kramer com um filho comum, o Billy.
Sendo Ted Kramer um homem muito ocupado derivado da sua profissão, este é um homem que não mantem uma relação muito estável com a família e, pelo contrario, a Joanna Kramer poderia ser considerada como uma tradicional “dona de casa”.
Descontente com o seu estatuto familiar a Joanna Kramer deixa a sua vida familiar, partindo em busca da sua pessoa. Consequentemente deixa com o pai o seu filho 6 anos.
O que de início era um mau estar constante entre pai e filho, foi-se tornando numa relação pouco vulgar. Estes para além da relação pai-filho, vivenciavam momentos únicos, tornaram-se muito confidentes.
Mais tarde, dita reencontrada, Joanna Kramer surge outra vez com um objectivo: conseguir a tutela do seu filho. A partir deste momento gera-se uma batalha árdua em tribunal em que resulta na vitória da Joanna Kramer.
Quando supostamente eram as mudanças de Billy para a sua nova casa junto da mãe, esta muda de ideias percebendo que era o melhor para o seu filho, pois acredita que para ele é melhor crescer no ambiente que o viu nascer.
As relações precoces são muito importantes num individuo. Sendo este um ser biologicamente social, necessita de estabelecer uma relação com o mundo, e em especial com os progenitores. Actualmente acredita-se que é importante um ser humano estabelecer uma relação a três (mãe-pai-filho) comum nas civilizações ocidentais evitando as relações a dois (mãe-filho) que era mais comum à umas décadas atrás. A qualidade desta relação marca a qualidade das relações sociais futuras. Uma perturbação neste tipo de relação afecta o modo como a criança se desenvolve e interage com o mundo no futuro.
A mãe é importante para o modo como o ser se relaciona com o seu próprio corpo, sem tensão e inibições excessivas, adoptando uma maior proximidade com os outros.
A forma como o pai pega na criança, o tom de voz, o modo como brinca e interage, distinguem-se dos da mãe, contribuindo favoravelmente para o desenvolvimento psicológico da criança. O pai desempenha um papel fundamental no desenvolvimento emocional da criança, mas radicalmente diferente do papel desempenhado pela mãe. O papel do pai é ainda importante pois a criança mostra maior capacidade de desenvolvimento cognitivo, na segurança da vida e no desenvolvimento das relações mais positivas na adolescência com o sexo oposto.
Não é certo que o desenvolvimento da criança varia consoante a forma como é educada (pelo pai ou pela mãe), como também é benéfico para o desenvolvimento pessoal do homem-pai.
Quanto surge um divórcio e tal como acontece no filme, os pais, normalmente, travam uma batalha árdua no tribunal em busca da tutela dos filhos dizendo que eles têm mais capacidades que o outro.
Para isso utilizam todos os recursos que têm à mão, desde colocar a criança contra o pai (ou mãe), inventando histórias, denegrindo a vida desse mesmo progenitor, gerando ansiedade, depressão, alterações de humor no seu próprio filho. O filho acaba por perder um dos progenitores, que, por muito que tente, o tutor nunca irá conseguir substituir. Como já referi estes desempenham funções diferentes.
Com este filme percebe-se que o divórcio pode trazer vários transtornos ao filho do casal separado. Sendo importante o desenvolvimento a três na nossa sociedade complexa, um divórcio poderá trazer várias consequências, que apesar de não estarem bem expressas no filme, existem em outros casos que surgem todos os dias. Os pais devem ponderar bem o melhor para o seu filho pois se estes só estiverem preocupados com o seu divórcio e a tutela pelo seu filho, poderá esquecer-se do mais importante, a felicidade do fruto da “relação estragada”.

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